POLÍTICAS EDUCACIONAIS, CURRÍCULO E DOCÊNCIA : DEBATES CONTEMPORÂNEOS

Autor: PATRICIA APARECIDA BIOTO-CAVALCANTI, CELSO CARVALHO, ADELGÍCIO RIBEIRO DE PAULA, ALCIR FERREIRA, AMANDA SOUSA BATISTA DO NASCIMENTO, EVELYN CAMPONUCCI CASSILLO ROSA, GICELIA SANTOS SILVA, GILVONETE SCHIMITZ DO PRADO, GISELA DE BARROS ALVES MENDONÇA, LUCIANE DA SILVA VICENTE, TÂNIA ACIEM, TATIANA ZANINI DA SILVA PATIÑO, THIAGO FIJOS DE SOUZA
Kategorie:
Popis: Tornou-se uma platitude afirmar que o campo educativo constitui uma arena de disputa política, em especial o subcampo das políticas educacionais, que vai traduzindo em medidas, ações, programas e projetos o balanço de poder em torno das ideias sobre a relevância e função social dos sistemas de educação a cada tempo histórico. Não poderia ser diferente, dado que é a educação, em particular a escolar e pública por ser obrigatória e tender à universalidade nas fronteiras dos respectivos entes federativos (estados e municípios), que cuida da formação da maioria populacional; que está implicada em ideias e ideais de sociedade; que socializa o patrimônio cultural acumulado pela humanidade; que prepara os caminhos iniciais da formação intelectual e profissional de milhões de jovens – enfim, pela educação e pela escola se desenha o futuro, o que é e sempre será tema de debate político de uma sociedade. Em meio aos intensos debates e disputas em torno dos diagnósticos quanto aos resultados escolares, dos desafios que cabe à educação brasileira enfrentar e dos objetivos que a devem nortear, para atingir um ideal de sociedade e de cidadania, reúnem-se interesses e interessados dos mais variados campos. Em torno da educação é usual, e mesmo necessário, que governos e organismos público-estatais, empresas e empresários, estudantes e famílias, associações comunitárias e organizações sociais, sindicatos e partidos políticos, intelectuais e cientistas busquem apresentar suas visões sobre educação e representar seus interesses, compondo o que se convencionou chamar de stakeholders, termo advindo da administração privada (por si só um indicativo de perda de identidade escolar) cuja melhor tradução seria'partes interessadas'. É também comum apresentar a educação, mormente a educação institucionalizada, obrigatória, como aquela que estabelece as condições necessárias – embora não suficientes – para mudanças sociais, culturais e políticas, argumento relativizado pela tese atribuída a Paulo Freire de que a educação não muda o mundo, muda as pessoas, e estas, sim, mudam o mundo. De todo modo, é na atividade educativa, especialmente no âmbito dos sistemas escolares, que se discute o futuro social que queremos e as expectativas que depositamos nas instituições educativas.
Databáze: eBook Index