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Trata-se de uma reflexão teórica do Índice de Vulnerabilidade Social (IVS) que medeia entre narrativas do objetivismo científico e do subjetivismo filosófico, retirando o índice do seu confinamento técnico e transportando-o ao espaço conceitual onde os mantras de combate à pobreza se formula pela categoria território. Por isso, propõe-se o conceito de uma “política dos números” em vez da terminologia “índice” atribuindo sentidos e significados conceituais entre consensualidades, dualidades e conflitualidades. Isto é, não se trata de uma política de Estado ou de governo e, sim uma estratégia política com funções diferentes de acordo com o planejamento em questão, podendo construir discursos, imaginários, ilusões da realidade, verdades e inverdades. Assumir este percurso teórico requer uma contra visão de entendimentos técnicos do índice conforme definições matemáticas em prol de uma conceituação política que trate os números como influenciadores dos comportamentos da sociedade, das instituições, dos governos e do Estado. Para tal, no corpo do artigo elenca-se uma possibilidade teórica a um aprofundamento mais claro das contradições e dualidades por trás do modo de fazer políticas, planos e programas de combate à pobreza. |
