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A proposta deste artigo aborda duas questões filosóficas de Platão (427 aC.-347 a.C.) as quais, para nós, mostram-se de maneira, no mínimo, interessante. De um lado, apoiado nos recursos da tradição religiosa e cultural de sua época, a afirmação da existência de uma alma imortal e conhecedora das verdades. De outro, a elaboração de uma metodologia e pedagogia própria que marcou sua disputa entre os sofistas e as práticas da educação oficial ateniense, apontando, assim, para um novo tipo ideal da Paideia. Ainda nesse trabalho, mesmo que de forma paralela, veremos que o filósofo acaba por tangenciar uma questão escatológica, ao apresentar a ideia da alma que percorre 1.000 anos em busca de aperfeiçoamento. Essa escatologia, para nós, não deixa de ser uma proposta pedagógica própria de Platão. |
