Delimitando o humano: João de Loureiro, Alexandre Rodrigues Ferreira e o debate sobre as fronteiras entre seres humanos e outros animais na segunda metade do século XVIII
Autor: | Breno Leal Ferreira |
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Jazyk: | English<br />Spanish; Castilian<br />French<br />Portuguese |
Rok vydání: | 2024 |
Předmět: | |
Zdroj: | Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, Vol 32 (2024) |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 1982-0267 0101-4714 |
DOI: | 10.11606/1982-02672024v32e28 |
Popis: | O artigo tem como objetivo analisar a participação de João de Loureiro e Alexandre Rodrigues Ferreira, ambos naturalistas lusófonos da segunda metade do século XVIII, no debate que procurou definir o ser humano e estabelecer suas diferenças em relação a outros animais (“história natural do homem”). Ao longo dos séculos XVII e XVIII, alguns autores defenderam que o ser humano seria radicalmente diferente do chamado “orang-outang”, termo usado por europeus para designar os macacos antropomorfos que então conheciam (chimpanzés e orangotangos). Outros contestaram a existência de tão rígidas fronteiras entre eles. Na 10ª edição do Systema Naturae (1758), Lineu introduziu o Homo troglodytes como espécie humana intermediária entre o Homo sapiens e o gênero Simia. Buffon, por sua vez, argumentou haver enorme diferença entre o homem e qualquer outro animal. Para ele, o Troglodytes de Lineu compreendia também macacos. Pretende-se mostrar como Loureiro e Ferreira assumiram as concepções de Buffon para criticar elementos do entendimento de homem de Lineu: Loureiro procurou refutar a ideia de diferentes espécies de homens, ao passo que Ferreira se contrapôs à ideia da existência de homens com cauda, – o Homo caudatus. Ambos criticaram como fantasiosas narrativas que atestavam a existência de descendência gerada pelo cruzamento entre humanos e macacos. Além disso, o artigo destaca o papel central das representações imagéticas nas discussões acerca do tema. |
Databáze: | Directory of Open Access Journals |
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