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Resumo Este artigo procura examinar a expressão de estudantes de ensino médio relativa às injustiças vividas no cotidiano da escola democrática e às demandas daí decorrentes. Trata-se de recorte de uma pesquisa que teve por objetivo geral analisar as concepções que os sujeitos escolares têm de justiça, o que está associado às situações de conflitos e violências na organização escolar. O debate teórico trata de conceitos como justiça plural, práticas escolares e identidade. O estudo de caso via grupos focais com estudantes do ensino médio de uma escola pública de Recife gerou debate entre os sujeitos, cujas manifestações indicam a forte presença de discriminação, especialmente do ponto de vista religioso e racial, como aspecto que desperta o sentimento de injustiça em parte dos escolares. Conclui-se que esse sentimento os leva a apresentar resistências, assim como potencializa sua identificação com o universo escolar específico. Os estudantes demandam o reconhecimento de suas identidades religiosas, étnicas e raciais, que são silenciadas no dia a dia na escola. A instituição, por sua vez, falha ao evitar o debate a respeito de temas tão presentes ali e perde oportunidades de mobilizar estudantes na perspectiva de criar uma maior aproximação com a escola. |