DELIMITAÇÃO DE MANCHAS DE INUNDAÇÃO NA BACIA DO CÓRREGO DO IPIRANGA, SÃO PAULO – SP, BRASIL, COM MODELAGEM HIDROLÓGICO-HIDRÁULICA UTILIZANDO HEC-HMS / HEC-RAS

Autor: Gustavo Lopes Urbani, Melissa Cristina Pereira Graciosa, Maria Cleofé Valverde Brambila
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Revista de Gestão de Água da América Latina, Vol 20, Iss 2023 (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2359-1919
Popis: Delimitar regiões sujeitas a inundações, relacionando quantitativamente a profundidade de submersão ao tempo de recorrência da chuva é essencial para subsidiar as decisões nas grandes metrópoles, fornecendo a base para que o poder público planeje suas ações a fim de mitigar danos à população. Este trabalho tem como objetivo a delimitação de manchas inundação para a bacia hidrográfica do Córrego Ipiranga, São Paulo – SP, com 23,1 km² de área de drenagem, que sofre recorrentemente com inundações. Para isso, foi realizada a modelagem hidrológica para eventos de chuva com Tempo de Retorno (TR) 10, 25 e 100 anos. As simulações foram realizadas, inicialmente, com parâmetros hidrológicos e hidráulicos estimados com base na bibliografia de referência e, posteriormente, calibrados com base em 11 eventos chuva-vazão monitorados na bacia. As vazões calibradas foram utilizadas para gerar as manchas de inundação correspondentes aos TRs estudados e apresentaram, em média, picos de vazão 16% aos valores obtidos antes da calibração. As manchas de inundação apresentaram área de 1,79 km² para TR 10, 1,98 km² para TR 25 e 2,21 km² para TR 100 e, atingem, respectivamente, cerca de 3019, 3423 e 3854 edificações. As manchas simuladas convergem em sua maioria com ocorrências de inundações mapeadas na bacia por outros autores, na altura dos distritos do Ipiranga, Cambuci, Vila Mariana, Cursino e Saúde, indicando que os resultados obtidos estão coerentes com os observados e podem contribuir no planejamento de prevenção às enchentes na região. Assim, visto a diferença das vazões de pico antes e após a calibragem, atenta-se para a necessidade da calibração das simulações hidrológicas com dados observados e, dado o número de imóveis atingidos, ressalta-se a importância de investir em medidas de prevenção de enchentes baseadas em estudos de custo-benefício das intervenções.
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