Início da vida sexual entre adolescentes (10 a 14 anos) e comportamentos em saúde

Autor: Helen Gonçalves, Eduardo Coelho Machado, Ana Luiza Gonçalves Soares, Fabio Alberto Camargo-Figuera, Lenise Menezes Seering, Marília Arndt Mesenburg, Marília Cruz Guttier, Raquel Siqueira Barcelos, Romina Buffarini, Maria Cecília Formoso Assunção, Pedro Curi Hallal, Ana Maria Baptista Menezes
Jazyk: English<br />Portuguese
Rok vydání: 2015
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Epidemiologia, Vol 18, Iss 1, Pp 25-41 (2015)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1980-5497
DOI: 10.1590/1980-5497201500010003
Popis: OBJETIVO: Avaliar a prevalência de início da vida sexual até os 14 anos de idade e fatores sociodemográficos e comportamentais relacionados à sua ocorrência. MÉTODOS: Em 2008, 4.325 adolescentes dos 5.249 pertencentes ao estudo de coorte de nascimentos de Pelotas, Rio Grande do Sul (1993) foram entrevistados. O início da vida sexual foi definido como primeira relação sexual ocorrida até os 14 anos. As informações foram obtidas através de questionários durante o acompanhamento de 2008, com entrevistas realizadas nos domicílios. As varáveis analisadas foram: cor da pele, índice de bens, escolaridade materna e do adolescente, uso experimental de cigarro e de álcool, episódio de embriaguez, uso de alguma droga ilícita pelo adolescente ou pelos amigos e envolvimento em brigas no último ano. Além dessas, foram analisados o uso de preservativos e contraceptivos, número de parceiros(as) e idade de iniciação sexual. RESULTADOS: A prevalência de iniciação sexual foi de 18,6%, sendo maior no sexo masculino, nos adolescentes com menor escolaridade, de baixo nível econômico e naqueles cujas mães tinham baixa escolaridade e tiveram filhos na adolescência. A prática sexual esteve relacionada às variáveis comportamentais analisadas. Na última relação sexual, 30% das entrevistadas não haviam usado métodos contraceptivos e 18% não usaram preservativos. Meninos referiram maior número de parceiros(as) sexuais do que meninas. CONCLUSÃO: Resultados apontam uma relação entre iniciação sexual (≤ 14 anos) e comportamentos vulneráveis à saúde. O não uso de preservativos e contraceptivos pode torná-los vulneráveis a experimentarem situações não desejadas. Estratégias educativas e socioculturais em saúde devem ser praticadas desde o início da adolescência.
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