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Este texto busca apresentar uma experiência etnográfica realizada em duas comunidades islâmicas em São Paulo e São Bernardo do Campo, Brasil, no âmbito do meu doutorado. Esta pesquisa estabelece um diálogo profícuo com a antropologia da performance e da experiência (ritual) proposta por Victor Turner, Richard Schechner e Ronald Grimes, sendo permeada também pela teoria do “ser afetado” de Favret-Saada. Busco desenvolver, portanto, uma metodologia que abarque tanto a antropologia da performance quanto a antropologia da religião. Para isso, procurei (a) argumentar a respeito da pesquisadora-performer, sendo esta mulher, mãe e antropóloga, e sobre o modo como esses elementos contribuem para uma etnografia performativa; (b) apresentar o percurso etnográfico; (c) destacar a experiência em um acampamento islâmico.This essay presents an ethnographic experience which took place in two Muslim communities, in São Paulo and São Bernardo do Campo, Brazil, as part of my doctoral field work. This research not only establishes an interesting dialogue between the anthropology of performance of Richard Schechner and Ronald Grimes and the anthropology of experience of Victor Turner, but also evokes Favret-Saada’s theory of affectivity. In this way, an attempt is made to develop a methodology capable of dealing with questions of both the anthropology of performance and the anthropology of religion. The objective are threefold: a) to discuss the place of the researcher as a performer (as a woman, mother and anthropologist), within the framework of a performing ethnography; b) to present the course which this ethnography made possible; and c) to highlight the experience which took place in an Islamic camp. |