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Introdução: Os acidentes de trabalho são um grande problema de saúde pública, especialmente para os profissionais da área da saúde. Diversos patógenos presentes em sangue e fluidos corporais podem causar infecções, incluindo HIV, Hepatite B e Hepatite C. No Brasil, esses acidentes são de notificação compulsória e tratados como emergenciais. Diante disso, o aumento desses infortúnios exige uma análise dos fatores envolvidos e a implementação de medidas de prevenção mais eficazes. Objetivo: Realizar uma análise retrospectiva dos casos de exposição acidental a material biológico em serviços de saúde, além de exposição sexual. Ademais, identificar as causas dessas exposições, reconhecer casos graves que exigiram profilaxia e enfatizar o aumento percentual de acidentes por exposição sexual em relação aos anos anteriores. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo e retrospectivo, baseado em dados secundários coletados do Sistema de Gerenciamento Logístico dos Medicamentos Antirretrovirais (SICLOM), prontuário eletrônico I-doctor e fichas de dispensação de antirretrovirais. Foram analisadas variáveis relevantes para o objetivo do estudo, com inclusão de casos notificados no SICLOM nos últimos 5 anos. O estudo teve início após a aprovação no Comitê de Ética em Pesquisa da instituição, atendendo a Resolução CNS n° 466/2012 e suas complementações. A identidade dos participantes do estudo foi preservada. Resultados: No ano de 2022, o hospital registrou 685 acidentes com exposição a materiais biológicos. A maioria dos casos (61,3%) envolvia indivíduos do gênero feminino. Desses acidentes, 10% foram considerados graves, 22,1% moderados e 67,9% leves. Constatou-se, ainda, que 82,7% das pessoas que procuraram profilaxia tinham entre 21 e 40 anos de idade. Houve também um número significativo de exposições sexuais a materiais biológicos, totalizando 1.394 casos, sendo 1,4% deles relacionados à violência sexual. A rápida busca por profilaxia pode prevenir doenças infectocontagiosas causadas por acidentes com materiais biológicos. Conclusão: Com base na hipótese de que a profilaxia quando feita de maneira rápida, possibilita evitar complicações decorrentes de doenças infectocontagiosas, este estudo reforça a importância de medidas preventivas e de conscientização para garantir a segurança dos profissionais de saúde, além de oferecer subsídios científicos para a implementação de ações que aprimorem as estratégias de educação em saúde e controle de infecções. |