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Os jornais produzidos no Brasil nos séculos XIX e XX, conforme assinalam Inácio, Santos e Jinzenji (2010), tinham como princípio o projeto iluminista de difundir os valores e ideias a fim de educar o público leitor dentro de um projeto civilizatório. Autodenominados “difusores das luzes”, os periódicos podem ser analisados como uma arena de debates, composta por uma diversidade de campos e temáticas. Partindo desse pressuposto, o objetivo desse estudo consiste em refletir acerca dos debates e práticas educativas divulgados no jornal “Correio de Minas”, considerado como um “importante veículo ilustrador do jogo político mineiro” e divulgador das “mazellas educacionais” no início republicano. Justifica-se a escolha pelo “Correio de Minas” devido sua significativa circulação noticiada nos almanaques de Minas Gerais, como também pela sua localização na cidade de Juiz de Fora, segundo Araújo (1916) destacada como “uma das mais modernas e a mais importante de Minas” naquele momento. A divulgação dos debates educacionais pelo periódico foi significativa para a análise de diferentes projetos de ensino para Minas Gerais. Foi possível observar discursos, estratégias, “jogos de verdade”. O jornal representou um instrumento de poder e de persuasão daquilo que se desejava reproduzir. |