IMPLEMENTAÇÃO DE META ESCALONADA PARA MELHORIA DA ADESÃO À HIGIENE DE MÃOS EM UM HOSPITAL PRIVADO DE CURITIBA-PR

Autor: Haline Pasinotto dos Santos, Viviane Maria de Carvalho Hessel Dias, Alessandra Deise de Abreu Batista, Joyce Carolina Leite, Emanuelle Menezes Folmann, Cristine Moecke, Gabriele Castro Schleuner, Ester Damaris de Espindola
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2023
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 27, Iss , Pp 103386- (2023)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2023.103386
Popis: Introdução: A adesão à higienização de mãos é um desafio para os hospitais no mundo. Diversas estratégias foram introduzidas para melhorar as práticas de higiene de mãos afim de reduzir as infecções relacionadas a assistência à saúde. O objetivo do estudo foi propor uma intervenção para aumentar a adesão de higiene de mãos durante cinco semanas entre 07/12/22 e 06/01/23 e observar melhoria alcançada sustentada em um hospital privado de Curitiba-PR. Métodos: De acordo com o percentual de adesão de higiene de mãos identificado no período basal de cada setor foi proposta uma meta semanal. Para os percentuais com adesão acima de 90%, a meta foi aumentar 1% na semana seguinte, entre 81% e 90% aumentar 3%, entre 71% e 80% aumentar 5%, entre 50% e 70% aumentar 15% e abaixo de 50% aumentar 25%. O desafio proposto foi até o final das cinco semanas atingir ou manter percentuais acima de 90% com limite mínimo de 75%. O indicador de higiene de mãos foi auditado semanalmente pela equipe do Controle de Infecção Hospitalar (CIH) nos seguintes setores: Unidades de Internação (UI), Unidades de Terapia Intensiva (UTI), Centro Cirúrgico (CC) e Pronto Atendimento (PA). Para cada momento de não conformidade, a equipe do CIH realizava feedback oportuno. As equipes com os melhores resultados eram premiadas e seus resultados divulgados em reunião com a direção semanalmente. Resultados: Houve aumento global de 37,9% de adesão à higiene de mãos entre as semanas analisadas. Na semana basal a taxa geral de adesão a higiene de mãos era de 69,05%. Nas semanas seguintes foi de 75,36%, 72,87%, 73,37%, 76,42%, e 80,88% respectivamente. Setorialmente houve melhora no CC (23,3% para 80%), PA (50% para 80,77%), UI 1 (26,7% para 88%), UI 5 (66,7% para 81,82%) e UTI 1 (60 para 90,4%). Alguns setores já apresentavam adesão acima de 70%, como UI 2 (73,3% para 80%), UI 3 (83,7% para 84,62%), UI 7 (86,7% para 100%). Na UTI 2 houve piora de (63,3% para 53,8%) e a UTI 4 não atingiu o limite (63,3% para 73,3%). Após a finalização da etapa a taxa global mensal de adesão à higiene de mãos se manteve sustentada nos meses de janeiro a maio de 2023 (92,71%, 97,30%, 93,46%, 90,5% e 90,90% respectivamente). Conclusão: A intervenção proposta para melhorar a adesão à higiene de mãos foi eficaz e sustentada durante o período de cinco meses pós-intervenção. O resultado teve impacto na diminuição das infecções relacionadas a assistência à saúde e controle na disseminação de bactérias multirresistentes.
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