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A proteção e interpretação dos remanescentes ferroviários é uma prática amplamente difundida. Entretanto, essas tutelas geralmente correspondem apenas aos bens isolados ou a áreas, ignorando sua condição enquanto sistema de transporte produtivo. Assim, o conceito de paisagem industrial ampara a identificação e interpretação patrimonial dos sistemas de forma integral. Este trabalho propõe uma metodologia para o planejamento interpretativo da paisagem que relaciona os métodos e técnicas de identificação e a leitura da paisagem com os princípios e métodos propostos pela interpretação, aplicados ao trecho ferroviário Campinas-Jundiaí. A metodologia explora as dinâmicas que podem ser trabalhadas pela interpretação a partir da relação entre os aspectos materiais e imateriais da paisagem ferroviária. Para concretização do estudo, foi feito um levantamento bibliográfico sobre a identificação e leitura da paisagem, bem como um planejamento interpretativo, seguido do levantamento bibliográfico e documental dos dados históricos, arqueológicos, de proteção e conversação referentes ao trecho e da identificação dos dados de valoração obtidos pela abordagem de valores sobre o patrimônio relacionados a essa paisagem. Como resultado, foi possível correlacionar as diferentes camadas de dados, a fim de refletir sobre as abordagens interpretativas necessárias e possíveis com base no contexto histórico, material, jurídico e simbólico dos bens componentes do trecho e sua leitura como sistema. |
