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Através da abordagem teórico-metodológica do ciclo de políticas proposto por Stephen J. Ball e colaboradores, este trabalho tem por objetivo analisar os contextos de influência e da produção de texto da política de Educação do Campo no Brasil, evidenciando avanços e desafios em relação à sua implementação. Desenvolveu-se uma pesquisa de abordagem qualitativa, na qual os dados foram produzidos por meio de uma pesquisa bibliográfica e da análise de documentos oficiais publicados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), no período de 2001 a 2010. Os resultados apontam que a Educação do Campo vem sendo implementada a partir da participação dos movimentos sociais organizados, representando uma nova possibilidade de pensar a educação sob uma ótica que vai além da escolarização dos sujeitos, desenvolvida a partir de uma pedagogia crítica, vinculada a objetivos políticos de emancipação e de luta por justiça e igualdade social. Conclui-se que a regulamentação e institucionalização da Educação do Campo foram importantes para a sua sistematização e expansão. Contudo, é necessário avançar, estabelecendo coerência entre as proposições teórico-metodológicas apresentadas pelo Movimento da Educação do Campo e, destas, com as práticas desenvolvidas nas escolas do campo, de modo que os estudantes sejam atendidos em espaços educativos cujas propostas pedagógicas respeitem, reconheçam e valorizem as especificidades, singularidades, diversidade e tensões dos espaços camponeses. |
