Atendimento às demandas e tolerância à corrupção: percepção de eleitores brasileiros à política do 'rouba, mas faz'

Autor: João Antonio da Costa Neto, Amarando Francisco Dantas Júnior, Rossana Guerra de Sousa, Adriana Fernandes de Vasconcelos
Jazyk: portugalština
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Revista Ambiente Contábil, Vol 16, Iss 2, Pp 366-386 (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2176-9036
DOI: 10.21680/2176-9036.2024v16n2ID32611
Popis: Objetivo: A pesquisa teve como objetivo verificar a influência do atendimento às demandas públicas na percepção de tolerância de eleitores brasileiros à política do “rouba, mas faz”. Embora se perceba um uníssono social de rejeição à corrupção na política, existe a possibilidade de os eleitores relaxarem essa reprovação diante dos resultados que os gestores oferecem às comunidades. Metodologia: Estudo de abordagem quantitativa, quanto aos procedimentos utilizou-se um survey, com questionário e estudo de cenários, de tolerância ao “rouba, mas faz”, como instrumento de pesquisa. Para análise dos dados foram utilizadas estatísticas descritivas e apresentação em percentuais, para as respostas das assertivas e dos cenários. Resultados: Os resultados apontam que o brasileiro demanda políticos honestos, embora para quase 25% da população todo político seja corrupto, sem distinção; para 80% dos respondentes a principal causa dos problemas da gestão pública brasileira é a corrupção política; aproximadamente 70% dos eleitores não se utilizam de portais de transparência para decidir seu voto, embora 80% afirmem pesquisar o histórico dos candidatos antes de sua decisão. Contribuições do Estudo: Foram percebidos aspectos relacionados com a teoria do eleitor mediano, uma vez que, apesar dos eleitores brasileiros demonstrarem intolerância a corrupção, o perfil com as características médias da população tende a votar naquele candidato que promete atender suas necessidades. Além disso, em linhas gerais, 7% da amostra reelegeria um político muito corrupto, desde que muito produtivo, enquanto 24% tolerariam a corrupção, desde que ocorra em pequena escala e venha acompanhada de obras e benefícios à sociedade, implicando que existe, em certo grau, influência do atendimento às demandas públicas na tolerância dos eleitores à política do “rouba, mas faz” no Brasil.
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