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Este artigo descreve um estudo de caso de tratamento, em aula de Português como Língua Estrangeira (PLE), de certos aspetos gramaticais de concordância nominal desviantes em relação ao Português Europeu, nomeadamente a relação de género e número entre o determinante e o nome; o nome e o adjetivo e a flexão do pronome possessivo que deve concordar com o nome. Os “erros” foram recolhidos em textos escritos de provas de exames produzidos por estudantes universitários zimbabueanos aprendentes de Português como Língua Estrangeira, inscritos no curso de Bachelor of Applied Arts com a Língua Portuguesa na Universidade do Zimbabué, mediante uma grelha tipológica de “erros” gramaticais. Na análise dos casos de “erro”, feita em conjunto entre o professor de PLE e uma média de cerca de 15-20 estudantes, que serviram de grupo de controlo, foi aplicada a Abordagem Comunicativa de Ensino de Língua e, mediante exercícios gramaticais criados para o efeito, avalia-se estatisticamente o grau de aprendizagem das regras de concordância nominal. Em função dos resultados estatísticos positivos apurados, argumenta-se que os estudantes universitários zimbabueanos mostraram, de um modo geral, ter aprendido as estruturas gramaticais problemáticas sobre a concordância nominal. |