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Ao falar sobre Contemplação, o seu primeiro livro, Kafka diz haver nele uma “desordem sem salvação”, que “é preciso se aproximar muito” para ver aí “alguma coisa”. Esse artigo é resultado de uma tentativa de aproximação desse lugar ideal de contemplação a partir do qual não apenas podemos ver neste conto “alguma coisa”, mas a coisa que está em jogo em uma de suas últimas obras, o conto A construção. Em Contemplação, nos interessará o movimento dos personagens de dentro para fora e de fora para dentro e a fuga ao perigo de alienação que é representado por um outro com um poder aniquilador sempre articulados à busca da autonomia. “A coisa” que está em jogo em “A construção” e em Contemplação será a escrita na qual irão se cruzar, como estados inseparáveis, a autonomia e a alienação. |