Emissões otoacústicas em recém-nascidos com hipóxia perinatal leve e moderada

Autor: Juliana Neves Leite, Vinicius Souza Silva, Byanka Cagnacci Buzo
Jazyk: English<br />Portuguese
Předmět:
Zdroj: CoDAS, Vol 28, Iss 2, Pp 93-98
Druh dokumentu: article
ISSN: 2317-1782
DOI: 10.1590/2317-1782/20162015086
Popis: RESUMO Introdução Atualmente, somente a hipóxia neonatal grave (evidenciada pelo valor do Apgar) é considerada risco para a deficiência auditiva. A hipóxia é uma das causas mais comuns de lesão e morte celular. Nos casos de hipóxia leve ou moderada, embora menor, a privação da oxigenação está presente e, dessa forma, algum dano ao sistema auditivo pode ocorrer. Objetivo Investigar as amplitudes das emissões otoacústicas em recém-nascidos a termo sem risco para deficiência auditiva que apresentaram hipóxia leve ou moderada. Métodos Foram selecionados 37 recém-nascidos de ambos os sexos, divididos em dois grupos: 25 do grupo controle, formado por recém-nascidos sem hipóxia, e 12 do grupo estudo, formado por recém-nascidos com hipóxia leve ou moderada. Resultados Foram pesquisadas as EOAT e EOAPD em ambos os grupos e comparados os seus resultados. Nas EOAPD foram encontradas diferenças estatísticas entre as amplitudes nas frequências 1.000, 2.800, 4.000 e 6.000 Hz. Nas EOAT foram encontradas diferenças estatísticas nas bandas de frequência de 1.000, 1.400, 2.000, 2.800 e 4.000 Hz, sendo as EOA do grupo estudo menores que as do grupo controle. Conclusão Embora a ocorrência de hipóxia neonatal leve e moderada não seja considerada risco para perda auditiva, a mínima privação do oxigênio durante o momento de hipóxia neonatal parece interferir no funcionamento das células ciliadas externas e, consequentemente, no nível de respostas das emissões otoacústicas. Dessa forma, faz-se necessário o acompanhamento longitudinal desses lactentes, a fim de identificar o possível impacto desses resultados na aquisição de linguagem e, futuramente, no desempenho escolar.
Databáze: Directory of Open Access Journals