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A destruição dos recursos naturais na Amazônia, causada pela abertura de estradas e implantação de grandes projetos agropecuários, madeireiros, de extração mineral e produção de energia, não promoveu o desenvolvimento socioeconômico e ambiental nos locais onde esses projetos foram implantados. As reservas de castanheiras na Amazônia foram vítimas dessa política de desenvolvimento, em que a produção média entre os períodos 1970/75 e 2001/06 caiu de 63.514 toneladas para 28.527 toneladas, e a sociedade não foi efetivamente compensada por essas externalidades. Neste trabalho, estimou-se o sistema de equações de oferta e demanda de castanha-do-brasil por meio do método dos momentos generalizados, com vistas a analisar o mercado e determinar o custo socioambiental de sua destruição. Os resultados mostraram que a oferta e a demanda de castanha tornaram-se mais inelásticas a preço no período estudado. O preço das terras de mata produziam impactos positivos na produção de castanha-do-brasil. Os benefícios socioambientais da produção e comercialização da castanha caíram de R$ 62,35 milhões para R$ 46,05 milhões, o que resultou no custo socioambiental de R$ 16,29 milhões por ano entre 1990 e 2010. Finalmente, propõe-se que esse valor deve constituir o ativo de um fundo de recebíveis socioambiental com vistas a financiar o desenvolvimento local de forma sustentável. |