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Neste artigo temos como objetivo investigar as interfaces entre docências e dissidências em gênero e sexualidades na escola e os Direitos humanos. Partimos do pressuposto de que estudantes, professoras e professores LGBTQIAP+, vivenciam desafios em suas trajetórias no contexto escolar, em função de dispositivos de regulação que atravessam seus percursos, de violações e violências enfrentadas. Contudo, estas/estes estudantes e docentes também subvertem a ordem de gênero e sexualidade compulsórias que é inculcada cotidianamente, possibilitando a tessitura de outras trajetórias escolares e docências dissidentes. Metodologicamente, realizamos uma pesquisa bibliográfica a partir das reflexões interseccionais da autora lesbofeminista Audre Lorde, bem como de autoras/es pós-estruturalistas e vinculadas/os às Teorias do Discurso, entre as/os quais: Judith Butler, Nancy Fraser e Michel Foucault. Concluímos que ao questionarem a heteronormatividade e as normas compulsórias de gênero, esses/essas estudantes e docentes desnaturalizam práticas e processos, abrindo discussões necessárias à emergência e reconfiguração de outros discursos, conhecimentos, sujeitas/sujeitos e práticas no contexto escolar. |