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Neste artigo, analisa-se a questão do estudo da escrita sob uma visão sociointeracionista e cultural: o caso da coesão e coerência textuais por alunos da 7ª classe de zonas rurais da Zambézia, onde o português é, para a maioria dos alunos, uma língua estrangeira. O estudo foi de natureza qualitativa e quantitativa, com enfoque sociolinguístico e etnográfico. A partir das dificuldades observadas pelos alunos na escrita, procedeu-se a leituras de redações feitas pelos mesmos, inquéritos por questionário aos alunos e, ainda, entrevistas aos professores. Esta pesquisa tinha como objectivo verificar se os dados produzidos pelos alunos e trabalhados na sala de aula pelo professor tinham em conta esta perspectiva de análise e se apresentavam marcas de incoerência nas frases. Daí que optamos pela produção de redações, onde verificamos que os alunos em estudo demonstraram dificuldades em produzir frases bem estruturadas, com sequência lógica e sem erros ortográficos. produzindo frases com muitas palavras repetidas, frases com problemas de concordância verbal e nominal e, até, frases incompletas criando alguma incoerência no texto. O estudo sugere que a língua portuguesa deve ser ensinada e aprendida nas escolas das zonas rurais sob uma perspetiva sociointeracionista e cultural da escrita, porque isso trará uma mais-valia para os aprendentes desta língua. |
