O papel estratégico da mão de obra indígena na urbanização da vila colonial de Barcelos (1755-1761)

Autor: Ricardo Borges, Décio de Alencar Guzmán, Márcio Meira
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />French<br />Portuguese
Rok vydání: 2024
Předmět:
Zdroj: Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Vol 19, Iss 3 (2024)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2178-2547
DOI: 10.1590/2178-2547-bgoeldi-2023-0105
Popis: Resumo O presente artigo objetiva destacar a forma como a mão de obra indígena foi explorada na transformação espacial da vila colonial de Barcelos, no médio rio Negro, durante a segunda metade do século XVIII. Por meio da leitura dos documentos da época, tais como correspondências, cartas régias, fontes impressas e material iconográfico, abordaremos a participação dos indígenas nos intensos trabalhos de revitalização da vila em duas partes. Inicialmente, entre os anos de 1755 e 1760, nos deteremos em discutir como a mão de obra indígena foi mobilizada na construção dos estabelecimentos ligados às funções políticas da administração colonial e ao setor militar envolvido nas demarcações de fronteiras; e, em seguida, refletiremos sobre a hipótese da chegada dos espanhóis em Barcelos no momento da crise política agravada a partir de 1759. Ambos os fatores foram responsáveis pela intensificação da exploração dos indígenas. Desse modo, será possível averiguar o papel deles no giro da ‘engrenagem’ da urbanização de Barcelos. Nesse período, e nas crises que se sucederam, a administração lusitana dependia totalmente da intervenção dos nativos do rio Negro para o estabelecimento das primeiras fundações no território.
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