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O artigo discute as “amarras” nas quais a Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL) foi criada, a fim de entender como a Comissão conseguiu se libertar de algumas das linhas estratégicas que lhe estavam traçadas. A análise de atas de reuniões e cartas do ano de sua criação (1948) permite observar que era esperado que ela tivesse certa “comunhão” com outras instituições sob tutela dos Estados Unidos, igualmente criadas no pós-Segunda Guerra Mundial, como FMI e OEA, e signatárias da teoria neoclássica. Em seguida, são discutidas as principais contribuições que justamente distanciaram a CEPAL do mainstream e debater por que, mesmo assim, a Comissão foi acusada de se circunscrever à teoria neoclássica nas críticas que recebeu de Octavio Rodríguez, economista da própria CEPAL, além de resgatar a resposta dada a ele, numa espécie de tréplica, por Prebisch. |