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Introdução: A faringite é uma infecção muito frequente do trato respiratório, podendo ser causadas por bactérias, vírus e fungos. Desconhece-se os agentes etiológicos implicados na etiologia das faringotonsilites agudas em nosso meio. Objetivo: O presente projeto teve como objetivo investigar a etiologia das faringosontilites agudas como parte de projeto de pesquisa de uso de terapia fotodinâmica no tratamento de faringotonsilites agudas. Método: Casuítica e métodos: Os paciente com farintotonsilite aguda confirmada por avaliação clínica eram inclusos no estudo mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. A investigação etiológica do protocolo incluiu coleta de swab de orofaringe para teste rápido para EBHGA; coloração de Gram e cultura geral em ágar sangue, chocolate e Mac Conkey; reação em cadeia por polimerase (PCR) para Fusobacterium necrophorum e painel de detecção de vírus respiratórios por PCR (vírus influenza A e B, adenovírus, rhinovírus, coronavírus OC43, vírus Epstein-Barr, herpes simplex vírus, e coronavírus-19). Resultados: Resultados preliminares: De 20 e maio de 2019 a 29/01/2020 foram inclusos no estudo 47 pacientes com faringotonsilite aguda, sendo 53,2% do sexo masculino, com idade média de 23,6 anos. A etiologia foi bacteriana em 20 pacientes (42,6%), viral em sete pacientes (14,9%), e mista – bacteriana e viral em 5 pacientes (10,6%). O EBHGA foi responsável por 25,5% dos casos, o Fusobacterium necrophorum 10,6%, e EBHGB por 4,3% e o Staphylococcus aureus por 4,3%. Em relação aos vírus, o HSV foi responsável por 8% dos casos, e o EBV por 4,3%. Todos os isolados de Streptococcus beta-hemolítico Grupo A eram sensíveis à penicilina, entre 55 e 60% eram resistentes aos macrolídeos e 50% eram resistentes à clindamicina. Conclusão: As faringotonsilites agudas no estudo foram causadas por bacterias em 42,6% dos pacientes, por vírus em 14,9%, e por bactérias e virus em 10,6%. Não foi possivel isolar o agente em 31,9% dos casos. O principal agente bacteriano foi o Streptococcus beta-hemolitico do grupo A, sensivel à penicilina, com alta resistência a macrolideos (55-60%), e àclindamicina (50%). O segundo agente bacteriano foi o anaerobio Fusobacterium necrophorum, geralmente não investigado laboratorialmente nem tratado de forma rotineira, e com potencial de complicação supurativa grave. Em relação ás etiologias virais, em resultado preliminar o HSV foi responsável por 17% das faringotonsilites agudas, e o Vírus Epstein-Barr por 4,3%. |