TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO EM UMA REGIONAL DE SAÚDE DO ESTADO DO PARANÁ

Autor: Vanessa Cristina Luquini, Ana Beatriz Floriano de Souza, Erick Souza Neri, Tissiane Soares Seixas de Mattos, Carla Fernanda Tiroli, Franciely Midori Bueno de Freitas, Natacha Bolorino, Rafaela Marioto Montanha, Rejane Kiyomi Furuya, Flávia Meneguetti Pieri
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 26, Iss , Pp 102601- (2022)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2022.102601
Popis: Introdução: Apesar de mais frequente nos pulmões, a Tuberculose (TB) também atinge outros órgãos através da corrente sanguínea, o que se denomina de tuberculose extrapulmonar (TBEP). Objetivo: Descrever os casos de tuberculose extrapulmonar notificados, nos anos 2018 a 2020, antes e durante a pandemia de COVID-19, na 17ª Regional de Saúde do Estado do Paraná (RS/PR). Método: Estudo transversal e quantitativo, utilizando banco de dados do Sistema de Informações de Agravos e Notificação (SINAN), no período de 2018 a 2020. Os dados foram analisados por meio do software Statistical Package for the Social Science (SPSS), versão 22.0, por meio de frequência simples e relativa (CAAE 38855820.6.0000.5231). Resultados: Foram notificados 1000 casos de TB no período de 2018 a 2020 na 17ª RS/PR, sendo que 13,5% (n = 135) foram diagnosticados com TBEP. Em 2018 ocorreram 58 casos, em 2019, 45, e em 2020, 32. A maioria do sexo masculino (56,3%), raça/cor autodeclarada branca (65,4%), com mais de 10 anos estudo (56,9%), mediana de 36 anos, sendo que 45,2% tinham entre 20 e 39 anos. Quanto à forma, a mais frequente foi a pleural, com 48,9%, seguido pela ganglionar periférica (13,3%), a meningoencefálica (8,1%), óssea (6,7%), ocular (4,4%), miliar (4,4%), geniturinária (3,7%), cutânea (1,5%) e outras (8,9%). Quanto ao tipo de entrada, 86,7% eram casos novos, 6,7% por transferência, 4,4% foram recidiva e 2,2% reingresso após abandono. Com relação aos agravos associados à TB, 20,3% eram tabagistas, 13,6% faziam uso álcool, 12,9% eram diabéticos, 12,6% tinham o diagnóstico de HIV/AIDS, 6,0% utilizavam algum tipo de droga ilícita, 3,8% doença mental e 25% outros. Foi realizado o tratamento diretamente observado (TDO) em 69,2%. Quanto ao encerramento, respectivamente, 57,9% evoluíram a cura, 11,6% abandonaram o tratamento, 9,1% mudaram de diagnóstico, 7,4% óbito por outras causas, 6,6% mudaram de diagnóstico, 4,1% tiveram o esquema alterado, 1,7% apresentaram droga resistência, e 1,7%, evoluíram a óbito pelo agravo. Conclusão: Observa-se, portanto, no estudo, que o predomínio dos casos com TBEP foi no sexo masculino, raça/cor branca, com mais de 10 anos de estudo, com idade entre 20 e 39 anos, com a forma pleural seguida da ganglionar. O modo de entrada foram casos novos, tabagistas, em uso do álcool, diabéticos e com HIV. Em relação ao tratamento houve adesão quanto ao TDO. Como desfecho foi a cura, entretanto, houve abandono.
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