Avaliação Nutricional e Funcional em Oncologia e Desfecho Clínico em Pacientes da Cidade de Caxias do Sul/RS

Autor: Ana Luísa Zanella Maurina, Rafaela Santi Dell'Osbel, Joana Zanotti
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2020
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Cancerologia, Vol 66, Iss 2 (2020)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2176-9745
0034-7116
DOI: 10.32635/2176-9745.RBC.2020v66n2.996
Popis: Introdução: A desnutrição e frequente em pacientes oncológicos, prejudicando a funcionalidade e aumentando a mortalidade. Objetivo: Avaliação nutricional e funcional de pacientes em tratamento quimioterápico e, após seis meses, avaliar o desfecho clinico. Método: Estudo epidemiológico observacional, com delineamento longitudinal, derivado de uma coorte acompanhada por seis meses, composta por pacientes oncológicos em tratamento quimioterápico. Realizou-se a avaliação nutricional pelo índice de massa corporal (desnutrição; eutrofia; sobrepeso; obesidade) e pela avaliação subjetiva global produzida pelo paciente (bem nutrido; desnutrição moderada ou suspeita de desnutrição; desnutrido grave). A avaliação funcional foi realizada por meio da dinamometria manual (adequada forca muscular; fraqueza muscular). Utilizou-se o teste de qui-quadrado para comparação de variáveis categóricas e a regressão de Poisson para identificar as razoes de prevalência e intervalos de confiança em 95%. Resultados: Dos 208 investigados, 55,3% eram idosos e 52,4% do sexo feminino. Verificou-se diferença significativa nos resultados dos métodos de avaliação nutricional (p≤0,0001). A maioria dos pacientes com fraqueza muscular não estava com desnutrição (p=0,013; p≤0,001). Após seis meses, 68,4% dos óbitos foram em pacientes desnutridos (p≤0,0001). Idade avançada (p=0,018; p=0,010) e fraqueza muscular (p=0,039; p=0,002) foram associadas a desnutrição. Conclusão: A maioria dos pacientes não estava desnutrida, embora grande parte apresentou capacidade funcional reduzida. Os métodos de avaliação nutricional diferiram entre si. Após seis meses, pacientes que foram a óbito tinham duas vezes mais chance de desnutrição.
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