Letra e ressurreição: O corpo escrito de 'Ana Lívia Plurabella', de James Joyce

Autor: Jonas Miguel Pires Samudio
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />French<br />Italian<br />Portuguese
Rok vydání: 2017
Předmět:
Zdroj: Horizonte, Pp 1525-1543 (2017)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2175-5841
DOI: 10.5752/P.2175-5841.2017v15n48p1525-1543
Popis: O ensaio objetiva realizar uma leitura do capítulo VIII de Finnegans Wake (2004; 2009), conhecido como “Ana Lívia Plurabella”, do escritor irlandês James Joyce. Pretendemos articular as noções de “letra” e de “ressurreição” de modo não temático, mas em uma leitura que destaca a imanência do texto, a superfície textual. Para tal, recorremos ao arcabouço teórico advindo da Teoria Literária (AMARANTE, 2009; BLANCHOT, 2011, 2005; BRANCO, 2011, 2000; LAERE, 1969; MANDIL, 2003; SCHÜLER, 2004), Teologia (AQUINO, 2002; BALTHASAR, 1971), Psicanálise (LACAN, 2007, 2009, 2008) e Filosofia (NANCY, 2001, 2006). Com isso, procuramos compreender de que modo a ilegibilidade do texto de James Joyce convida a uma leitura que privilegia a materialidade da “letra” tal como está escrita: em um movimento des-contínuo, no qual o texto é escrito como um corpo em continuidade – o texto é reconhecível como feito de letras – disruptiva – o sentido não se constrói a modo de decodificação de enredo e interpretação – que se desvanece; a esse movimento, chamamos de “ressurreição”.
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