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A Hepatite C é uma patologia de etiologia viral, sendo uma das principais causas de Cirrose hepática e transplante de fígado no Brasil e no mundo. Com alta prevalência e índice de cronificação, a Hepatite C é um problema de Saúde Pública no Brasil, e seu tratamento tem sofrido modificações ao longo dos anos. O objetivo deste trabalho é revisar a literatura destacando a mudança na terapêutica da Hepatite C crônica, a importância e as vantagens da terapêutica atualmente utilizada, bem como as futuras possibilidades em estudo. Foi realizada uma revisão bibliográfica nas bases de dados eletrônicas LILACS e MEDLINE, entre 2010 e 2016. Durante anos o Interferon alfa foi utilizado, associado ou não, à Ribavirina, e depois ao Boceprevir e Telaprevir. Em função de avanços e questões relacionadas à segurança, posologia, custo, abrangência e efetividade, o novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) optou por descontinuar o uso desses medicamentos. Entretanto, adicionou-se à terapia do Sistema Único de Saúde (SUS) o Sofosbuvir, um inibidor da polimerase do vírus da hepatite C (HCV); o Simeprevir, um inibidor de protease de segunda geração; e o Daclatasvir, um inibidor da NS5A (poliproteína traduzida a partir do HCV). Essas novas opções terapêuticas atuam diretamente interrompendo a replicação do HCV, apresentam facilidade posológica, tratamento por menor período de tempo, menos efeitos adversos, menos exames de biologia molecular e melhores resultados. Além disso, permitem que o tratamento de pacientes coinfectados com HIV seja análogo ao de monoinfectados pelo HCV, e que pacientes em etapa de pré ou pós-transplante sejam atendidos adequadamente. O objetivo principal do tratamento é a erradicação do vírus, como também diminuir as complicações da cronificação e reduzir a transmissão do HCV. A cura com resposta virológica sustentada (RVS) passa a ser considerada após 24 semanas do final do tratamento quando utilizamos o Interferon. No tratamento oral livre de interferon, são necessárias apenas 12 semanas após o final do tratamento, para considerar o paciente com RVS. Diante do exposto, percebe-se que a terapia está passando por modificações importantes. Dentre as já aprovadas no Brasil em 2016, existe também a associação de Dasabusvir + Veruprevir e Ombitasvir. Espera-se, dessa forma, que num futuro próximo, com novas terapias mais eficazes, seja possível não só tratar, curar e prevenir a Hepatite C, mas também erradicá-la no nosso país e no mundo. |