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OBJETIVO: estabelecer a correlação entre medidas de nasalância e de nasalidade de fala apresentada por crianças com fissura labiopalatina operada. MÉTODOS: estudo prospectivo, em que as gravações de áudio de frases produzidas por 79 crianças (idade média 6,5 anos) falantes do português brasileiro foram julgadas auditivamente por três fonoaudiólogas. Medidas de nasalância obtidas simultaneamente às gravações áudio também foram analisadas. As amostras de fala incluíram duas frases, uma constituída por [p] e outra por [b], em recorrência. A concordância interjuízes foi obtida para as 158 frases (78,5% para [p] e 93,5% para [b]). A concordância intrajuízes também foi verificada para as frases duplicadas (82% para [p] e 86% para [b]). Os fonoaudiólogos classificaram individualmente a nasalidade de fala das 158 frases utilizando uma escala de 4 pontos. Valores de nasalância destas mesmas frases foram calculados. Os valores médios da nasalidade de fala foram correlacionados como os escores de nasalância. RESULTADOS : valores médios de 1,53 e 1,52 (indicativo de hipernasalidade leve) foram obtidos para as frases [p] e [b], a partir dos julgamentos perceptivos. Os valores médios de nasalânciaforam 32% (frase [p]) e 39% (frase [b]). Embora significantes, houve correlação baixa entre nasalidade e nasalância paraas duas frases (/p/;r= 0,31 p=0,004e /b/; r= 0,37 p=0,0007). CONCLUSÃO: quando classificada como leve, a hipernasalidade de fala apresentada por crianças com fissura labiopalatinapode desfavorecer entre nasalância e nasalidade. Estímulos de fala mais longos e amostras representativas de graus mais elevados de hipernasalidade são recomendados para futuros estudos. |