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Objetivos: A diabetes mellitus é um distúrbio metabólico causado pela falta de insulina ou incapacidade desta de desempenhar sua função. Nesse sentido, observa-se a importância de células tronco hematopoiéticas no tratamento de doenças autoimunes, como a diabete tipo 1. Entretanto, mesmo com essa forma de terapia, ainda são escassos os estudos que abrangem o transplante desse tipo de célula como tratamento da diabete tipo 1, exigindo um maior empenho da comunidade científica para os avanços nesse ramo. Por isso, esse trabalho tem como objetivo analisar a eficácia do transplante de células tronco hematopoiéticas na restauração da independência de insulina em pacientes com diabete mellitus tipo 1. Material e métodos: Esta revisão de literatura foi construída a partir de uma abrangente pesquisa de artigos disponíveis gratuitamente nas bases de dados acadêmicos: Medline, Scielo e Pubmed. Os descritores foram “Diabetes mellitus treatment” e “Hematopoietic stem cell transplantation”;o operador booleano “AND”foi utilizado para associar os termos. Foram obtidos 35 artigos, mas 7 deles foram utilizados. Resultados: A partir dos estudos analisados, percebe-se que a terapia celular, apesar de não ser capaz de regenerar ilhotas pancreáticas perdidas, tem sido usada para restaurar a independência da insulina, sendo o transplante autólogo de células-tronco hematopoéticas um dos principais fornecedores de resultados mais promissores, como mostram algumas pesquisas e ensaios clínicos. Entretanto, há uma cotação altamente variável de pacientes que alcançaram a independência da insulina entre os estudos, sugerindo que poderia haver uma população de pacientes com maior probabilidade de se beneficiar desse transplante, mas seriam necessários mais dados para descrever o perfil ideal desse paciente. Além disso, as evidências mostraram que as células tronco hematopoiéticas produziram os melhores resultados devido à propriedade imunomoduladora, e não apenas uma ação regenerativa. Acresça-se, ainda, que um estudo brasileiro demonstrou que esse transplante foi capaz de reverter essa diabete em humanos, pelo menos por até 4 anos e com uma carga aceitável de efeitos adversos. Contudo, por ser um tratamento que requer imunosupressão transitória, nem todos os pacientes conseguiram concluir esse processo. Ademais, há estudos que mostram um melhor resultado em pacientes que receberam transplante autólogo de células-tronco de medula óssea os quais realizam exercícios combinados nas medidas de controle glicêmico. Discussão: Com base na literatura, os dados atuais não são suficientes para determinar um perfil abrangente de pacientes com maior probabilidade de resposta. Vários estudos comprovaram a eficácia desse tratamento em determinados indivíduos, contudo, é evidente que necessita-se de análises mais amplas e minuciosas acerca de quais características interferem no sucesso desta terapêutica. Conclusão: O transplante de células tronco hematopoiéticas em pacientes com diabete mellitus do tipo 1 é uma forma de tratamento promissor para o alcance da independência de reposição de insulina. Portanto, são necessários mais estudos que sejam suficientes para determinar um perfil abrangente de pacientes com maior probabilidade de resposta a essa terapia. |