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O presente artigo analisa o uso político da Educação feito pelos Estados Unidos, através da Aliança para o Progresso, para interferir na política do estado de Pernambuco. Isso foi feito por meio da assinatura de um convênio de Educação com o governador Cid Sampaio (UDN), com o objetivo de favorecer o seu governo e ingerir nas eleições estaduais de 1962. Reportagens da época levavam o governo dos Estados Unidos a crer que a região Nordeste e Pernambuco, especificamente, eram locais perigosos devido a pobreza e as forças políticas e sociais que disputavam o poder. Sugestionada pela Revolução Cubana (1959), a administração Kennedy (1961-1963) lançou a Aliança para o Progresso, um programa de ajuda econômica para desenvolver a América Latina, apoiar regimes democráticos, e promover a melhoria da qualidade de vida da população, contra a subversão comunista. Aos olhos dos Estados Unidos, as eleições para o governo do estado de Pernambuco entre João Cleofas (UDN) e Miguel Arraes (PST) metaforizaram um conflito entre liberdade e comunismo, respectivamente. Após a vitória de Arraes, os Estados Unidos passaram a dificultar o pagamento das verbas do convênio de educação e muito pouco foi feito de fato, além de propaganda política. |