Intervenção dos Estados Unidos na política local de Pernambuco através do acordo de educação da aliança para o progresso (1961-1964)

Autor: Leonardo Laguna Betfuer
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />French<br />Italian<br />Portuguese
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Cadernos de Pós-graduação, Vol 20, Iss 2 (2021)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2525-3514
DOI: 10.5585/cpg.v20n2.20074
Popis: O presente artigo analisa o uso político da Educação feito pelos Estados Unidos, através da Aliança para o Progresso, para interferir na política do estado de Pernambuco. Isso foi feito por meio da assinatura de um convênio de Educação com o governador Cid Sampaio (UDN), com o objetivo de favorecer o seu governo e ingerir nas eleições estaduais de 1962. Reportagens da época levavam o governo dos Estados Unidos a crer que a região Nordeste e Pernambuco, especificamente, eram locais perigosos devido a pobreza e as forças políticas e sociais que disputavam o poder. Sugestionada pela Revolução Cubana (1959), a administração Kennedy (1961-1963) lançou a Aliança para o Progresso, um programa de ajuda econômica para desenvolver a América Latina, apoiar regimes democráticos, e promover a melhoria da qualidade de vida da população, contra a subversão comunista. Aos olhos dos Estados Unidos, as eleições para o governo do estado de Pernambuco entre João Cleofas (UDN) e Miguel Arraes (PST) metaforizaram um conflito entre liberdade e comunismo, respectivamente. Após a vitória de Arraes, os Estados Unidos passaram a dificultar o pagamento das verbas do convênio de educação e muito pouco foi feito de fato, além de propaganda política.
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