Influência de diferentes métodos de desinfestação, concentrações de sacarose e BAP na propagação do Jerivá (Syagrus romanzoffiana cham. glassm.) através do cultivo 'in vitro' de embriões.

Autor: Janaína Martins Favero, Cristiani Santos Bernini, Renato Paiva, Antônio Paulino da Costa Netto
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2007
Předmět:
Zdroj: Ornamental Horticulture, Vol 13 (2007)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2447-536X
DOI: 10.14295/oh.v13i0.1759
Popis: O Jerivá (Syagrus romanzoffiana Cham. Glassm.) apresenta potencial de utilização quase integral. Seu valor econômico é muito grande, fornecendo diversos produtos, tais como: palmito, óleos, amêndoas, fibras, além de material para construção de habitações rústicas, como folhas e estipes, bem como palmeiras ornamentais para zonas urbana e rural (Alves e Demattê, 1987; Diniz e Sá, 1995; Noblick, 1996). Porém esta espécie apresenta problemas na propagação em larga escala, pois geralmente a germinação é lenta e, quando ocorre, muito baixa (Kageyama e Guion, 1996). Segundo Davide (2001), a taxa média de germinação do Jerivá é baixa, chegando a 11%, enquanto que Almeida e Voltolini (2001) mencionam que a taxa de germinação varia entre 17% e 31%, onde a alta incidência de fungos e a presença de insetos nas sementes são alguns fatores prejudiciais a sua viabilidade (Muniz et. al., 2003). As dificuldades de multiplicação podem ser minimizadas por intermédio da propagação “in vitro”, pois permite a multiplicação rápida, seleção de material superior precocemente, produção em larga escala e pequeno espaço físico, por isso, é uma tecnologia adequada para culturas de ciclo longo, assim como as palmeiras, visando a produção de mudas para matrizes e plantios comerciais (Siqueira et al., 1997). Dentre os vários fatores a serem analisados na propagação “in vitro”, as soluções desinfestantes mais comuns como o etanol e os compostos a base de cloro (tais como hipoclorito de sódio e de cálcio), são freqüentemente utilizadas. As concentrações dessas soluções, assim como as combinações dos princípios ativos desinfestantes e os tempos de exposição podem variar muito de acordo com o explante a ser desinfestado (Whitehead & Giles, 1977). Outro importante fator a ser analisado, são os meios nutritivos utilizados para a cultura de células, tecidos e órgãos de plantas que fornecem as substâncias essenciais para o crescimento dos tecidos e controlam, em grande parte, o padrão de desenvolvimento “in vitro”, atendendo as necessidades específicas de cada espécie (White,1951 e Murashige e Skoog, 1962). Os carboidratos, substâncias geralmente utilizadas nos meios nutritivos, desempenham um importante papel na manutenção de uma osmolaridade das células que compõe o explante, sendo a sacarose o carboidrato mais utilizado nos meios nutritivos, por suportar as mais altas taxas de crescimento na maioria das espécies, na qual sua concentração varia de acordo com o explante utilizado (Wang e Janick, 1986; Xu et. al., 1990; Tremblay e Tremblay,1991). Alguns fatores podem ainda afetar o processo de germinação, como o regulador de crescimento ABA, que está normalmente presente no saco embrionário, atuando como barreira fisiológica da germinação dos embriões (King,1976; Hsu,1979) e descritos em sementes de Jerivá (Davide, 2001). Dependendo da espécie, o embrião jovem pode ser estimulado a crescer por citocininas, por auxinas ou por giberelinas. O objetivo do presente trabalho é avaliar o efeito de diferentes métodos de desinfestação de embriões, de diferentes concentrações de sacarose e BAP no desenvolvimento inicial de embriões de Jerivá no cultivo “in vitro”.
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