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Na Ilha de São Sebastião (SP), a diversidade geomorfológica está diretamente associada às distintas unidades geológicas, como embasamento pré-cambriano granito-gnáissico e intrusões mesozoicas representadas por dois principais conjuntos: rochas toleíticas vinculadas ao rifteamento do Atlântico Sul (Eocretáceo — aprox. 130 Ma) e magmatismo alcalino (Neocretáceo — aprox. 70 Ma) da plataforma meridional brasileira. O objetivo deste trabalho foi analisar as características e propriedades litoestruturais dos diques básicos e intermediários intrudidos nos granitoides da porção noroeste da referida ilha, correlacionando-os aos distintos padrões de relevo, ou seja, feições positivas, como as cristas alongadas mais resistentes ao intemperismo e erosão, e feições negativas menos resistentes, como os vales encaixados. Por meio de medições de campo, análise petrográfica e geoprocessamento, constatou-se que a composição mineralógica e o padrão de fraturamento do embasamento e dos diques, bem como a espessura destes, são os principais fatores responsáveis pelas diferentes respostas aos processos superficiais. Os diques que condicionam as drenagens são representados por diabásios de textura variada, apresentando minerais máficos (clinopiroxênio e olivina) e plagioclásio cálcico (labradorita). Essa mineralogia se mostra mais susceptível quando comparada àquela presente nos diques associados às cristas alongadas, representados por andesitos porfiríticos, com menor proporção de minerais máficos, além de o plagioclásio presente ser predominantemente de composição sódica (oligoclásio). Verificou-se ainda que os diques de diabásio são menos espessos e têm maior densidade de fraturamento. As unidades geológicas presentes na área de estudo foram classificadas da mais suscetível a mais resistente aos processos exógenos, da seguinte maneira: diques de diabásio, embasamento granito-gnáissico e diques andesíticos. |