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A presente investigação analisa os prejuízos curriculares sobre a disciplina de biologia impetrados pelas atuais reformas educativas, consolidadas no pacote composto pela Base Nacional Comum Curricular, Novo Ensino Médio e, pela Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica. No enfrentamento dessa crise, buscamos o apoio teórico da Pedagogia Histórico-Crítica, do conceito de conhecimento poderoso e, das ideias fundamentais. Os pressupostos metodológicos, por sua vez, estão assentados na pesquisa qualitativa descritiva com ênfase no materialismo histórico e dialético, por permitir as análises e os aprofundamentos necessários, diante da complexidade imposta. Busca-se, portanto, a proposição de um currículo de biologia que respeite as especificidades disciplinar e epistemológica dessa disciplina escolar, que fomente o conhecimento poderoso, e garanta o direito ao acesso do saber objetivo pelos estudantes das escolas públicas. Entende-se que apenas um currículo que proporcione esse acesso seja capaz de garantir equidade educativa a todos os estudantes, independentemente de suas classes sociais. Nesse contexto, as ideias fundamentais de biologia são utilizadas como proposições metodológicas e construtivas de conteúdos essenciais para um currículo que proporcione aos estudantes sua emancipação intelectual. Conclui-se que as reformas educacionais contemporâneas aprofundam a desigualdade escolar e social. Enquanto, a proposta curricular de biologia apresentada aponta para essa diminuição, contribuindo para a compreensão do mundo e superação do senso comum presente na aparência fenomênica do cotidiano discente. |
