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Este artigo tem como objetivo apresentar a pesquisa realizada sobre a experiência de um novo curso de graduação, o bacharelado em Ciências do Trabalho, ofertado por uma instituição de ensino superior recém-criada, a Escola DIEESE de Ciências do Trabalho que apresenta em sua proposta pedagógica, produzir conhecimento a partir do saber e da experiência do aluno trabalhador. Partindo de estudos que tratam sobre a relação entre educação e trabalho no Brasil, que evidenciam a lógica do modo de produção capitalista de negar a muitos trabalhadores o acesso ao saber teórico, e sua vinculação com o saber prático, a pesquisa se propôs a analisar em que medida a proposta do curso de Ciências do Trabalho pode apresentar uma pedagogia contra-hegemônica. Para tanto, a pesquisa eminentemente qualitativa, na condição de estudo de caso sobre o referido curso, foi realizada utilizando-se de pesquisa documental, por meio da análise dos relatórios e documentos institucionais da Escola DIEESE, e da sua entidade mantenedora, e ainda, entrevistas com 20 alunos egressos da primeira turma, que concluíram o curso de Ciências do Trabalho no ano de 2015. Os resultados da pesquisa apontam para alguns desafios, em especial, por se tratar de um curso novo e pouco conhecido, mas por outro lado, evidenciam por meio dos relatos dos alunos entrevistados, que o currículo e a metodologia do curso de Ciências do Trabalho, permitiram, entre outras importantes questões, desenvolver uma maior compreensão teórica a respeito da realidade. ABSTRACT This article aims to present the research carried out on the experience of a new undergraduate program, the Bachelor of Work Sciences, offered by a newly created institution of higher education, the DIEESE School of Work Sciences, which features in its pedagogical proposal, to produce knowledge from what is known and from the experience of the student worker. Starting from studies that treat on the relationship between education and work in Brazil, which highlight the logic of the capitalist production method of denying many workers access to theoretical knowledge and its connection with practical knowledge. This research aims to analyze the extent to which the proposed Work Sciences course can submit a counter-hegemonic pedagogy. To this end, the eminently qualitative research, case study on this course, was performed using documentary research, through the analysis of the institutional school reports and documents of DIEESE and its maintaining entity, and interviews with 20 graduates from the first group, who completed the Work Sciences course in the year of 2015. The survey results point to some challenges, in particular because it is a new course and little known, but on the other hand, show, through the reports of the students interviewed, that the curriculum and methodology of the Work Sciences course allowed, among other important issues, to develop a greater theoretical understanding of the reality. |