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Este texto aborda o impresso periódico Mensagem da APAE (1963-1973) para compreender e explicar, na relação entre textualidade e materialidade, o papel atribuído aos familiares de excepcionais. Trata-se de um estudo histórico e Chartier é tomado com a principal referência. Os resultados indicam que o destaque à família como instância educativa para o excepcional endossava a representação de que, ao menos paliativamente, quaisquer agentes poderiam educar as pessoas com deficiência desde que estivessem sensibilizadas para essa tarefa, sob o lema apaeano do “mais amor e compreensão”. Ademais, entre as décadas de 1960 e 1970, as APAEs partiam do pressuposto da higiene social e mental. No caso dos excepcionais, essa abordagem filantrópica foi adotada como estratégia para justificar a necessidade de assistência e educação aos excepcionais, não só pela sua presumida cientificidade, mas também pelo fato de que se coadunava com a moral conservadora que embasava as representações apaeanas em voga. |
