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O presente artigo pretende analisar a experiência dos personagens de A maçã no escuro (1961), de Clarice Lispector (1920-1977), e Acenos e afagos (2008), de João Gilberto Noll (1946-2017), com a animalidade. Nesta aproximação, problematizaremos vivências, que, pelos animais, convocam a desclassificação e desorganização dos sujeitos. Para isto, o informe e o “imundo” emergem como maneira mais particular de evidenciar um contato entre o homem e o selvagem. Estamos, pois, no campo da desarticulação de qualquer ordenamento diante dos inumanos, na figura dos animais. Para este artigo, recorremos às reflexões de Nascimento (2012), Giorgi (2016), Berger (2021), Nor (2018), Maciel (2016), Sousa (2012), Seligmann-Silva (2011), Garramuño (2011), Agamben (2017), Bataille (2008), Yelin (2015) e Deleuze; Guattari (1980). |