USO DO BANHO DE GLUCONATO DE CLOREXIDINA 4% EM GESTANTES NA PREVENÇÃO DE INFECÇÃO DE CESÁREA

Autor: Claudia C.A.R. Vieira, Gabriella F.S. Ramos, Larissa P.A. de Oliveira, Adriana T. Reis, Natalie D.V.L. Costa, Priscilla B. Paiva, Hugo S.L. Mendonça
Jazyk: angličtina
Rok vydání: 2022
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Infectious Diseases, Vol 26, Iss , Pp 102607- (2022)
Druh dokumentu: article
ISSN: 1413-8670
DOI: 10.1016/j.bjid.2022.102607
Popis: Introdução: Dados do Sistema Único de Saúde mostram que a mortalidade materna após cesarianas é três vezes maior do que após parto normal. Diante disso, medidas de prevenção são impostas para controle e prevenção dessas infecções relacionadas à cesariana nos hospitais. Não há consenso na literatura em relação à efetividade do banho de antisséptico na prevenção de infecção de sítio cirúrgico (ISC), sendo tal estratégia reservada a cirurgias de grande porte, cirurgias com implante, surtos e descolonização por Staphylococcus aureus resistente a meticilina (MRSA). O gluconato de clorexidina 4%, conhecido como clorexidina degermante, é um antisséptico de amplo espectro, que atua como bactericida e bacteriostático, além de apresentar um bom efeito residual e uma ação de excelência em bactérias gram positivas. A taxa de infecção de sítio cirúrgico é um indicador nacional de notificação obrigatória, com isso, os hospitais precisam vigiar mensalmente seus dados. Objetivo: Apresentar um relato de experiencia prático sobre a implementação da rotina de banho pré-cesariana como rotina em uma maternidade pública federal de alto risco. Método: Trata-se de um relato de caso. Resultados: Descrição do caso: No mês de outubro de 2021 houve uma curva ascendente de ISC, alcançando uma taxa de ISC de 15,1, sendo considerado um ponto astronômico ao ser comparado com a meta estabelecida de 1,9 pela Coordenação Estadual de Controle Hospitalar – RJ. Como plano de ação, a Comissão de Controle de Infecção Hospitalar, em parceria com o setor de Obstetrícia, traçou condutas para controlar e reduzir a taxa ao mínimo aceitável. Após algumas reuniões, em que se procurou buscar os fatores que contribuíram para elevação desse indicador, chegou-se ao consenso de algumas estratégias. Dentre as medidas já existentes, como treinamento da higiene cirúrgica das mãos e controle ambiental, foi implementado o banho de clorexidina degermante em até 6 horas anteparto, baseado na melhor evidência disponível que respalda o uso em situações especiais como surto acrescido ao perfil microbiológico MRSA isolado nas amostras de ferida cirúrgica. Ao final de 5 meses da implementação da estratégia de controle de ISC, a taxa foi reduzida para zero. Conclusão: A partir da melhoria dos indicadores das taxas de ISC em cesárias, julgamos a experiência positiva e tornou-se um protocolo institucional.
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