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A qualidade da informação contábil é essencial para investidores, acionistas, reguladores, clientes e competidores, na medida em que promove eficiência na tomada de decisão. Estudos têm concluído que a proporção de ativos intangíveis é um dos fatores que influencia na qualidade da informação contábil. Esta pesquisa buscou verificar a relação entre a representatividade dos ativos intangíveis e o gerenciamento de resultados (GR) em companhias brasileiras, no período de 2011 a 2017. Ademais, investigou-se a influência do controle familiar sobre o GR. Para mensurar o GR, utilizou-se o modelo de Kang e Sivaramakrishnan (1995) e para o cálculo da representatividade dos ativos intangíveis, verificou-se a relação entre ativos intangíveis e ativo total. No que tange ao método, o estudo aplicou regressão linear com dados em painel. As hipóteses investigadas foram: (1) Empresas com maior investimento em ativos intangíveis irão apresentar menor gerenciamento de resultados (e, consequentemente, maior qualidade da informação contábil); (2) Empresas familiares irão apresentar maior gerenciamento de resultados (e, pior qualidade da informação contábil). Os resultados encontrados apontaram uma relação negativa entre GR e ativos intangíveis, comprovando a hipótese 1. No entanto, a relação entre controle familiar e GR não mostrou significância, ou seja, não se pôde comprovar a hipótese 2. Os resultados deste estudo ratificam que a proporção dos intangíveis é um dos fatores que influencia a qualidade da informação contábil. Os estudos sobre essa temática vêm crescendo em visibilidade e despertando o interesse de pesquisadores e empreendedores dos diversos setores e até das organizações sem fins lucrativos. |