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De acordo com o censo brasileiro de 2010, 5,1% da população possui algum tipo de deficiência auditiva. Ainda, dados de 2016 mostram que apenas 0,08% dos matriculados no ensino superior são surdos, surdo-cegos ou deficientes auditivos. A nova Lei de Cotas n. 13.409/2016, aprovada pelo governo brasileiro, a qual reserva vagas para pessoas com deficiência nas instituições públicas de educação superior, é uma medida de política afirmativa que visa incluir os surdos socialmente, sobretudo na educação superior. Como consequência, existe uma demanda crescente de novos postos de trabalho para tradutores e intérpretes de língua de sinais. Dada a complexidade das funções estabelecidas na Lei 12.319/2010 e a exigência de profissionais qualificados, justificam-se estudos sobre a formação de tradutores e intérpretes de língua de sinais no Brasil. O objetivo deste artigo é apresentar um estudo exploratório que visa traçar uma comparação entre proposta de formação de tradutores e intérpretes de língua de sinais e línguas orais. A metodologia do estudo possui uma abordagem qualitativa. Analisam-se dois cursos: um curso que forma profissionais de línguas orais e outro curso que forma profissionais de língua de sinais, da Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, e Universidade Federal de Goiás, no Brasil, respectivamente. Os elementos analisados são: objetivos de formação, perfil do egresso e disciplinas do curso no que se refere a temas abordados e tipo de formação (estudo de língua, prático-operativo ou teórico-conceitual). Os resultados demonstram que a proposta do curso de formação de tradutores e intérpretes de línguas de sinais ofertado na UFG possui um viés mais teórico e conceitual se comparado à proposta de formação de tradutores e intérpretes de línguas orais ofertado na UAB, o qual possui um viés mais prático, baseado na formação por competências. |