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A Constituição brasileira ampara nossas aspirações enquanto sociedade fundada no estado democrático de direito, ao tempo em que promove o avanço social com respeito aos direitos fundamentais à dignidade humana. Nesse sentido, os espaços de privação de liberdade deveriam buscar um ideal socializador e humanizador, a partir da garantia de direitos. No entanto, as prisões, ainda, constituem um universo marcado por ausências, ambivalências e contradições de uma sociedade cujo poder político e econômico ignora e exclui as pessoas mantendo-as em situação de vulnerabilidade. Este artigo pretende problematizar o processo de formação continuada realizado com os docentes que atuam no sistema prisional, analisando a formulação de outras pedagogias para outros sujeitos. Para tanto, desenvolveu-se uma pesquisa a partir dos preceitos da pesquisa (auto)biográfica, cujos aspectos subjetivos e o lugar de fala desses atores são de grande relevância, buscando-se as intercessões entre as histórias narradas e contexto social no qual vivem. Como resultado, as docentes entrevistadas permitiram perceber os processos de reconhecimento, identidade, conflito e pedagógicos envolvidos na educação nas prisões e conclui-se pela necessidade de aprofundamento e desenvolvimento de ações que reconheçam a complexidade dos processos educativos dos profissionais que lidam diariamente com a realidade do cárcere. |