Mortalidade e anos de vida perdidos por violências interpessoais e autoprovocadas no Brasil e Estados: análise das estimativas do Estudo Carga Global de Doença, 1990 e 2015

Autor: Deborah Carvalho Malta, Maria Cecília de Souza Minayo, Adauto Martins Soares Filho, Marta Maria Alves da Silva, Marli de Mesquita Silva Montenegro, Roberto Marini Ladeira, Otaliba Libanio de Morais Neto, Ana Paula Melo, Meghan Mooney, Mohsen Naghavi
Jazyk: English<br />Portuguese
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Epidemiologia, Vol 20, Iss suppl 1, Pp 142-156
Druh dokumentu: article
ISSN: 1980-5497
DOI: 10.1590/1980-5497201700050012
Popis: RESUMO: Objetivo: Analisar a mortalidade e os anos de vida perdidos por morte ou incapacidade (Disability-Adjusted Life Years - DALYs) por violências interpessoais e autoprovocadas, comparando 1990 e 2015, no Brasil e nas Unidades Federadas, utilizando estimativas produzidas pelo estudo Carga Global de Doença 2015 (GBD 2015). Métodos: Análise de dados secundários das estimativas do GBD 2015, com produção de taxas padronizadas de mortes e DALYs. A principal fonte de dados de óbitos foi o Sistema de Informações sobre Mortalidade, submetido à correção do sub-registro de óbitos e redistribuição de códigos garbage. Resultados: De 1990 a 2015, observou-se estabilidade das taxas de mortalidade por homicídios, com variação percentual de -0,9%, passando de 28,3/100 mil habitantes (II 95% 26,9-32,1), em 1990, para 27,8/100 mil (II 95% 24,3-29,8), em 2015. As taxas de homicídio foram mais altas em Alagoas e Pernambuco, e ocorreu redução em São Paulo (-40,9%). As taxas de suicídio variaram em -19%, saindo de 8,1/100 mil (II 95% 7,5-8,6), em 1990, para 6,6/100 mil (II 95% 6,1-7,9), em 2015. Taxas mais elevadas ocorreram no Rio Grande do Sul. No ranking de causas externas por Disability-Adjusted Life Years (DALYs), predominaram as agressões por arma de fogo, seguidas de acidentes de transporte e em sexto lugar lesões autoprovocadas. Conclusões: O estudo aponta a importância das causas externas entre jovens e homens na morte prematura e em incapacidades, constituindo um problema prioritário no país. O estudo Carga Global de Doença poderá apoiar políticas públicas de prevenção de violência.
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