A superação intuitiva da metafísica: o kantismo de Bergson
Autor: | Camille Riquier, Débora Cristina Morato Pinto |
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Jazyk: | English<br />Spanish; Castilian<br />Italian<br />Portuguese |
Předmět: | |
Zdroj: | Trans/Form/Ação, Vol 40, Iss 2, Pp 217-242 |
Druh dokumentu: | article |
ISSN: | 1980-539X 0101-3173 |
DOI: | 10.1590/s0101-317320170002000012 |
Popis: | Resumo: O texto aqui apresentado analisa aspectos relevantes da complexa relação que Bergson estabelece com Kant. Defende-se a hipótese de que Bergson não pode ser considerado mero adversário do filósofo alemão, mas seu projeto filosófico tem como objetivo retomar a metafísica, levando em consideração os limites que a crítica kantiana lhe impôs. Nesse sentido, a Crítica da Razão Pura, à qual Bergson dedicou sua atenção, serve de guia e apoio para a colocação das questões propriamente metafísicas, as quais a filosofia da duração busca responder. Procuramos mostrar também que, se Bergson criticou Kant em vários momentos da sua obra, foi apenas na medida em que a Crítica o impedia e impedia os outros de avançar. A relação entre as interdições kantianas para a razão especulativa e as ilusões da inteligência dissolvidas em A Evolução Criadora revela como Kant condensa ilusões que existiam antes dele e que, nesse sentido, Bergson não é nem pré-crítico, nem pós-kantiano. Em suma, defendemos que Bergson desloca as análises críticas e rompe com Kant do interior de sua filosofia, que ele divide em duas tendências - uma que ele rejeita, como antiga, outra da qual ele se apropria. |
Databáze: | Directory of Open Access Journals |
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