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RESUMO: Este trabalho pretende apresentar algumas das ideias de Hans Jonas presentes em sua análise sobre a relação entre os movimentos gnósticos da Antiguidade Tardia e do existencialismo heideggeriano a partir da tese de que ambos compartilham um caráter niilista. O niilismo que atravessa e constitui o niilismo gnóstico e o niilismo existencialista é caracterizado, para Jonas, pela ruptura do humano em relação à natureza e a consequente desvalorização dessa última. Enfrentar o niilismo consiste, então, na filosofia de Hans Jonas, pensar um novo modo de compreensão dessa relação. Se as duas versões do niilismo estudadas por Jonas, a saber, o gnosticismo e o existencialismo heideggeriano, são marcadas por posicionar o humano à parte do mundo, Jonas, ao contrário, o entende como parte do mundo. Pode-se afirmar, nesse sentido, que o enfrentamento do niilismo constitui a tarefa basilar da filosofia jonasiana. Palavras-chave: Hans Jonas; Niilismo; Gnosticismo; Heidegger. |