RESOLUÇÃO DE DISFUNÇÃO PRECOCE GRAVE DE ENXERTO HEPÁTICO EM PACIENTE PEDIÁTRICO COM USO DE N-ACETILCISTEÍNA: RELATO DE CASO

Autor: Helry Luiz Lopes Cândido, Gabriel Guerra Cordeiro, Pedro Lukas do Rêgo Aquino, Lígia Patrícia de Carvalho Éboli, Paulo Sérgio Vieira de Melo, Olival Cirilo da Fonseca Neto, Anderson André Pantoja Dias, Américo Gusmão Amorim, Priscylla Jennie Monteiro Rabêlo, Norma Thomé Jucá, Lara Neves Souza, Cláudio Moura Lacerda
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2021
Předmět:
Zdroj: Brazilian Journal of Transplantation, Vol 24, Iss 2 (2021)
Druh dokumentu: article
ISSN: 2764-1589
DOI: 10.53855/bjt.v24i2.20
Popis: A disfunção precoce de enxerto hepático consiste em uma síndrome multifatorial caracterizada por alterações clínicas e laboratoriais associadas à alta morbidade nos primeiros dias pós-transplante. Relacionada à lesão de isquemia e reperfusão do fígado, pode levar em sua forma mais grave a alterações sistêmicas abruptas. Apesar de ser um quadro grave, as alterações podem ser transitórias, possibilitando recuperação do enxerto hepático. Sua ocorrência em população pediátrica é rara. A N-acetilcisteína, comumente utilizada no tratamento de hepatotoxicidade secundária à overdose por paracetamol, tem surgido como alternativa eficaz na melhora clínica de pacientes transplantados com má função de enxerto. Relatamos um caso de paciente do sexo masculino, dois anos, submetido a transplante de fígado por atresia de vias biliares, sem intercorrências intraoperatórias. Evoluiu com quadro de disfunção precoce grave de enxerto no segundo dia pós-operat óio, sem boa resposta às medidas de suporte, cogitando-se indicação de retransplante. Foi iniciada administração de n-acetilcisteína, dosagem de 100mg três vezes ao dia, progredindo com melhora clínica significativa, sobretudo da função hepática. O acompanhamento de dados clínicos e laboratoriais de pacientes no período pós-transplante é fundamental, tendo em vista riscos e graves repercussões da disfunção precoce do enxerto hepático. A N-acetilcisteína é uma droga que tem sido relatada atuando no aumento da oferta de oxigênio tecidual e na remodelação dos hepatócitos, a partir da recuperação dos níveis de glutationa. Os efeitos em pacientes com disfunções hepáticas pós -transplante têm sido promissores nos poucos relatos científicos de seu uso, como o caso em questão.
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