Potenciais interações medicamentosas em pacientes com artrite reumatoide Potential drug interactions in patients with rheumatoid arthritis

Autor: Fabíola Bagatini, Carine Raquel Blatt, Gabriela Maliska, Gunter Voges Trespash, Ivânio Alves Pereira, Adriana Fontes Zimmermann, Bernd Heinrich Storb, Mareni Rocha Farias
Jazyk: English<br />Spanish; Castilian<br />Portuguese
Rok vydání: 2011
Předmět:
Zdroj: Revista Brasileira de Reumatologia, Vol 51, Iss 1, Pp 29-39 (2011)
Druh dokumentu: article
ISSN: 0482-5004
1809-4570
DOI: 10.1590/S0482-50042011000100003
Popis: INTRODUÇÃO: O termo polifarmácia, ou seja, a utilização concomitante de múltiplos fármacos pelo mesmo indivíduo vem sendo amplamente associado a pacientes institucionalizados e idosos, no entanto pode ocorrer em grupos de pacientes portadores de doenças crônicas como artrite reumatoide (AR). OBJETIVO: Quantificar a polifarmácia em um grupo de pacientes com AR e realizar um levantamento sobre o risco de potenciais interações indesejáveis entre os medicamentos utilizados no manejo dessa doença e os fármacos utilizados em enfermidades não crônicas. MÉTODOS: Realizou-se um estudo de coorte com 103 pacientes portadores de AR, atendidos no Componente Especializado da Assistência Farmacêutica/MS, Florianópolis/SC. Os pacientes foram acompanhados mensalmente, por meio de fichas. As interações medicamentosas foram identificadas pelo Drugdex System - Thomson Micromedex® - Interactions. RESULTADOS: Observou-se a presença de polifarmácia em 95,1% dos pacientes e de 19 potenciais interações indesejáveis entre os medicamentos utilizados por 74 pacientes, em média 3,0 ± 1,2 interações/paciente. Todas as potenciais interações estavam relacionadas a metotrexato. Omeprazol foi o principal representante, correspondendo a 29,3% delas, seguido por diclofenaco sódico (17,6%) e dipirona sódica (13,2%). CONCLUSÃO: Considerando que este estudo confirma que a polifarmácia é uma prática comum na terapêutica dos pacientes portadores de AR, deve haver maior vigilância acerca de efeitos adversos ou de redução da efetividade de determinados fármacos devido às suas interações farmacológicasINTRODUCTION: The term polypharmacy, meaning the concomitant use of multiple medications by one individual, has been widely reported in institutionalized or elderly patients. It can, however, occur in patients with chronic diseases, such as rheumatoid arthritis (RA). OBJECTIVE: To quantify polypharmacy in a group of RA patients and to assess the risk of potential undesirable interactions between medications used for managing RA and those used for non-chronic diseases. METHODS: A cohort study was carried out with 103 RA patients registered at the Strategy of Access to Medications from the Brazilian Health Ministry, at the School of Pharmacy of the city of Florianópolis, state of Santa Catarina. Patients were monthly followed up by use of form completion. Drug interactions were identified by use of the Drugdex System - Thomson Micromedex® - Interactions database. RESULTS: Polypharmacy was found in 95.1% of the patients, and 19 potential undesirable interactions were observed between the drugs used by 74 patients (mean of 3.0 ± 1.2 interactions/patient). All potential interactions were related to methotrexate. Omeprazole was the major representative, accounting for 29.3% of the interactions, followed by diclofenac sodium (17.6%), and metamizole sodium (13.2%). CONCLUSION: Considering that this study confirms that polypharmacy is a common therapeutic practice in RA patients, it is worth emphasizing the need for greater surveillance regarding the adverse effects or effectiveness reduction of certain drugs due to drug interaction
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