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O objetivo foi verificar a configuração do perfil antropométrico feminino no climatério e associá-lo a fatores sociodemográficos, comportamentais e clínicos em mulheres nessa fase da vida. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, realizado em Montes Claros-MG, compreendendo o período de 2014 a 2016. A população alvo foi composta por 30018 mulheres climatéricas cadastradas nas 73 unidades de Estratégias da Saúde da Família (ESF) de Montes Claros, Minas Gerais, sendo elegíveis 874 para a presente análise. As mulheres foram categorizadas em três grupos etários. As variáveis investigadas foram Índice de Massa Corporal (IMC), Circunferência da Cintura (CC), Relação Cintura Quadril (RCQ), Raça, Renda, Escolaridade, Tabagismo, Etilismo, Realização de Atividade Física, Glicemia, Pressão Arterial Sistólica (PAS) e Pressão Arterial Diastólica (PAD). O IMC, CC e RCQ médios encontrados foram 28,6 kg/m², 92,3 cm e 0,90, respectivamente, sendo que a CC apresentou-se mais alterada no grupo etário de 52 a 65 anos (94,4 cm). A maioria das mulheres declarou-se parda (49, 14%), negou o uso de álcool (79, 87%) e tabaco (90, 31%) e realiza atividade física de forma irregularmente ativa (55, 34%). A média glicêmica foi 84,6 mg/dL. A PAS média foi de 125,2mmHg, e a PAD média de 81,9 mmHg. . Ainda que tenha ocorrido predomínio de normoglicemia e não uso de álcool e de tabaco, a prevalência de sobrepeso, presença de risco cardiovascular e pré-hipertensão evidenciam um quadro de risco aumentado à saúde das mulheres climatérias. Dessa forma, infere-se a necessidade de se intervir na promoção de saúde desse grupo. |