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Manchas. Teias. Quebra-cabeças. Em seu último filme, Spider, David Cronenberg nos conta a história de um dilaceramento. Ao deixar o manicômio, Spider, um fazedor de teias, tenta obstinadamente montar seu passado. Para isso, assiste a si mesmo em sua infância, e toma notas a respeito, através de um idioma particular, a fim de formar uma figura legível. Dessa figura dependerá a identidade que Spider deseja para si — embora se possa aventar que o que lhe garanta uma identidade seja, justamente, não poder estabelecê-la, e assim permanecer tecendo. |