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A partir do conceito de equivocidade controlada (VIVEIROS DE CASTRO, 2018), o artigo apresenta a tese de que na escrita literária autobiográfica ocorre uma tradução via equívoco de memória. Há, portanto, o que ocorreu, o que é enunciado sobre isso, e o resultado é uma terceira coisa que surge da diferença entre esses dois movimentos: o equívoco de memória. Partindo desse pressuposto e compreendendo a literatura e a ficção como elementos que compõem a realidade (CANDIDO, 2011, 2006; HALL, 2003, BAKHTIN, 2011), propõe-se uma discussão acerca do entrelaçamento entre a linguagem literária e a memória (LE BRETON, 2009; HALBWACHS, 1990) a fim de apresentar as bases para o desenvolvimento do equívoco de memória, conceito ainda em construção. |