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O seguinte artigo tem o objetivo de avaliar a forma como o Cyberpunk concebe a pós-modernidade, especialmente por meio de suas obras mais clássicas. Para isso, a proposição deste artigo se presta a averiguar a forma como o filme Blade Runner promulga debates relacionados à pós-modernidade, com vistas, especificamente, à análise das configurações das personagens e ao processo de rechaço ao Outro. Concebemos que o ensejo à alteridade passa, na pós-modernidade, pela análise e compreensão de obras do universo cyberpunk justamente por essas tratarem de sujeitos híbridos, periferizados e, comumente, segregados nas representações artísticas a funções secundárias. Essas obras, dessa forma, encapsulam muitas das problemáticas e das formas de manutenção de preconceito ainda perceptíveis nas sociedades pós-modernas. Assim, objetiva-se fundamentar uma interpretação a respeito do filme Blade Runner como exemplo desse formato clássico para o gênero, a partir de uma premissa simples: como os olhares e as designações das personagens absorvem e sustentam debates a respeito de nossa forma de coexistência. As contribuições de Dyens (2000), Flisfeder (2021), Jameson (1995) e Zizek (1993) serão utilizadas como fomento a essa indagação. |