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Neste estudo, buscamos investigar o modo como Cecília Meireles trabalha, em Poemas Italianos, com a simbologia da pedra, presente no imaginário coletivo e nas artes (com destaque para a literatura), relendo-a e reafirmando sua plurissignificação e valor poético. Selecionamos como recorte de leitura os poemas “Muros de Roma”, “Os aquedutos” e, de modo mais abreviado, “Via Appia” e “Arco”, que expressam o desenvolvimento de uma consciência histórica e artística a partir dos ditos e não ditos do espaço modificado pelo ser humano. Consideramos, nessa leitura de símbolos, imagens, ritmos e tendências discursivas – que expressam a visão de uma brasileira sobre o território italiano –, postulados de Michel Collot (2013), Octavio Paz (2015) e Jean Chevalier e Alain Gheerbrant (1997). A pedra, como recorte da paisagem literária, dá a ver, nesses poemas, um espaço em movimento de perene construção bem como o trato de Cecília Meireles com a linguagem poética no livro motivado pela experiência de viagem. |
